Novo filme da franquia Extermínio retrata vírus letal, evolução dos infectados e luta por sobrevivência

Vinte e oito anos depois do surto viral que destruiu a Grã-Bretanha, a humanidade ainda luta para sobreviver no universo distópico de Extermínio: A Evolução (28 Years Later), terceiro capítulo da aclamada franquia criada por Danny Boyle e Alex Garland. A estreia do filme marca o retorno de uma das mais icônicas narrativas de terror apocalíptico dos anos 2000, agora com novos personagens, cenários devastadores e criaturas mais letais do que nunca.

Extermínio: A Evolução Foto Reprodução
Extermínio: A Evolução Foto Reprodução

Com direção novamente assinada por Danny Boyle (Trainspotting, 127 Horas) e roteiro de Alex Garland (Guerra Civil, Aniquilação), o longa traz de volta Cillian Murphy, que interpretou o protagonista Jim em Extermínio (2002), ao lado de um elenco de peso formado por Jodie Comer, Aaron Taylor-Johnson, Jack O’Connell e Ralph Fiennes.

Um salto no tempo: 28 anos depois

A trama acompanha um jovem rapaz que tenta salvar a mãe moribunda em meio ao cenário sombrio do norte da Inglaterra, atravessando zonas de risco e tentando localizar um médico. Segundo Ralph Fiennes “o garoto guia a mãe por uma paisagem belíssima, mas tomada por infectados escondidos em bosques e colinas”. Entre encontros com personagens excêntricos e embates brutais com criaturas sedentas por sangue, o longa se aprofunda na tensão entre a esperança e a barbárie.

Diferente dos filmes anteriores — 28 Days Later (2002) e 28 Weeks Later (2007) —, Extermínio: A Evolução apresenta um novo nível de ameaça: os infectados evoluíram. O público agora encontra criaturas denominadas “rastejadores”, que sobrevivem comendo insetos, e os temidos “alfas”, infectados com força sobre-humana e capacidade de liderar grupos.

A atmosfera do longa é sufocante. Londres permanece cercada, vigiada por navios militares, enquanto comunidades vivem à margem da sociedade moderna, em um regime quase feudal. A colisão entre passado e futuro aparece de forma simbólica em cenas onde a tecnologia, como um celular causa espanto nos protagonistas.

Com sua estética crua e câmera na mão, Danny Boyle retoma a direção com maestria. Há rumores de que parte do longa foi filmada com iPhones — reforçando o estilo documental e urgente da franquia. O visual é nervoso, intimista e transmite a sensação de que o espectador está preso junto aos personagens nesse novo cerco biológico.

O diretor se aprofunda no impacto psicológico da sobrevivência prolongada. Um dos personagens mais enigmáticos é um médico que filosofa sobre a inevitabilidade da morte, em uma fala que mistura o latim memento mori e memento amare — lembrar de morrer, lembrar de amar —, elevando a narrativa do terror físico para o existencial.

Extermínio: A Evolução é apenas o início de uma trilogia planejada. Ainda não há confirmação oficial sobre quais personagens retornam nos próximos filmes, mas o sucesso deste capítulo será decisivo para os rumos da franquia.

Nota 4 de 5

Confira o trailer Oficial

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