Festival de Curitiba 2025 atrai mais de 200 mil pessoas e reforça acessibilidade e diversidade

A 33ª edição do Festival de Curitiba encerrou suas atividades com números expressivos, reafirmando sua posição como o maior festival de artes cênicas da América Latina. Durante 14 dias, mais de 200 mil pessoas circularam por teatros, praças e espaços culturais da capital paranaense e região metropolitana, demonstrando a força do evento em fomentar cultura, inclusão e desenvolvimento.

Festival de Curitiba 2025 - coletiva-final-Cred-Annelize-Tozetto
Festival de Curitiba 2025 – coletiva-final-Cred-Annelize-Tozetto

Guiado pelo lema “Para Todos”, o festival de 2025 foi além do palco. Com mais de 350 atrações e ações voltadas à acessibilidade, diversidade regional e democratização da arte, a edição deste ano deixou um legado marcante.

Inclusão em foco: Festival expande ações de acessibilidade

Entre os destaques desta edição estiveram os espetáculos com audiodescrição e a consolidação da tour tátil no musical “Ray – Você Não Me Conhece”, permitindo que pessoas cegas vivenciassem a dramaturgia de forma sensorial.

A Mostra Surda de Teatro, em sua segunda edição, também foi um marco importante. Realizada no Teatro Sesc da Esquina, contou com sete espetáculos em Libras, incluindo três voltados ao público infantil. O evento recebeu mais de 1.500 espectadores surdos do Brasil e da América do Sul, promovendo sessões com guia-intérpretes, Libras tátil, audiodescrição e transmissões ao vivo.

Diversidade regional e internacional

A Mostra Lúcia Camargo se destacou ao reunir, pela primeira vez, companhias das cinco regiões do Brasil, além de quatro espetáculos internacionais, vindos de países latino-americanos. A curadoria assinada por Giovana Soar, Danielle Sampaio e Patrick Pessoa promoveu uma representatividade geográfica sem precedentes.

Entre os destaques, a peça de rua “A Velocidade da Luz” reuniu artistas e cidadãos comuns nas ruas de Curitiba, discutindo temas como envelhecimento e diversidade em apresentações a céu aberto.

Mostra Fringe: potência e presença nos bairros e na RMC

Com 280 espetáculos, a Mostra Fringe levou arte a praças, ruas e espaços alternativos de Curitiba e quatro municípios da Região Metropolitana. Sob a coordenação de Rana Moschetta, o Fringe teve participação de artistas de 11 estados brasileiros e cinco países.

A acessibilidade também foi garantida no Fringe com mais de 10 espetáculos em Libras e montagens com audiodescrição. Além disso, o evento promoveu 48 oficinas e atraiu a atenção de escolas públicas e da mídia nacional.

Eventos paralelos: humor, gastronomia e infância

O Risorama reuniu 8,1 mil pessoas em suas oito sessões, enquanto o Gastronomix atraiu 7 mil visitantes, com um cardápio assinado por chefs renomados e 16 horas de música ao vivo. Foram consumidas 2,25 toneladas de alimentos, reafirmando o evento como uma experiência gastronômica e sensorial marcante.

O Guritiba, projeto voltado ao público infantil, levou mais de 4 mil crianças ao teatro, sendo metade da rede pública, por meio de uma parceria com a Prefeitura de Curitiba. Já o espetáculo de variedades MishMash, agora realizado no Teatro UP Experience, recebeu cerca de 3 mil pessoas em sessões regulares, extras e um ensaio aberto.

Economia criativa: cultura como motor econômico

A Rodada de Conexões, em sua terceira edição, posicionou o Festival como uma plataforma de negócios no setor cultural. Foram 380 oportunidades geradas, com movimentação estimada entre R$ 14 milhões e R$ 18 milhões, segundo a Realize Hub.

A ação conectou grupos e companhias a mais de 30 curadores e programadores, fomentando novas circulações artísticas no país. De acordo com entidades como SINDIPROM-PR, Feturismo e Abrabar, o Festival movimentou mais de R$ 50 milhões nos setores de hotelaria, gastronomia e entretenimento.

Realização e apoio

O Festival de Curitiba 2025 foi apresentado por Petrobras, Sanepar, Prefeitura de Curitiba e CAIXA Cultural, com patrocínio de Copel – Pura Energia, ClearCorrect – Neodent, Sebrae, EBANX, CNH Capital – New Holland e Viaje Paraná, e realização do Ministério da Cultura – Governo Federal – Brasil União e Reconstrução.

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