O cinema brasileiro celebra mais uma conquista importante com o filme Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, dirigido por Bruno Costa, que acaba de receber o prêmio de Melhor Filme pelo voto popular no Festival RIO LGBTQIA+. A cerimônia de premiação aconteceu na última quarta-feira, dia 9 de julho, coroando uma produção que aposta em representatividade, inclusão e pluralidade.

Estrelado por Gabriela Grigolom, atriz surda que interpreta a protagonista Lola, o longa é o primeiro filme brasileiro a colocar uma atriz surda no papel principal. A estreia nos cinemas está prevista para 2026, com distribuição da Elo Studios.
A comédia dramática narra o romance entre Lola, uma jovem negra e surda, e Sol (Chiris Gomes), uma professora que vive uma crise conjugal. A convivência inesperada entre Lola, Sol e o ex-marido da professora, Miguel (Octávio Camargo), dá origem a um triângulo inusitado e sensível, costurado por afeto, identidade e superação.
Segundo Bruno Costa, que também assina o roteiro, o filme é uma oportunidade de abrir portas dentro e fora das telas para a comunidade surda. “Estamos fomentando histórias e ocupando espaços”, afirma o diretor, conhecido também por Mirador e Cidade de Deus – A Luta Não Para.
O longa contou com mais de 30 figurantes surdos e sete atores surdos no elenco, além da consultoria de Jonatas Medeiros, intérprete de Libras e cofundador da Fluindo Libras. A equipe garantiu que o set fosse um ambiente verdadeiramente acessível e colaborativo.
Além de sua vitória no Festival RIO LGBTQIA+, Nem Toda História de Amor Acaba em Morte já acumula passagens por outros festivais relevantes, como o Cine PE, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, e foi produzido pela Beija Flor Filmes, produtora curitibana reconhecida por narrativas LGBTQIA+ premiadas como Alice Júnior.
Com roteiro sensível e atuações impactantes, o filme traz reflexões importantes sobre acessibilidade, afeto e convivência. “O filme não se limita a contar uma história romântica. Ele desafia os padrões, convida o público a refletir sobre inclusão e propõe novos olhares para o amor e para o cinema brasileiro”, diz a produtora Andréa Tomeleri.
Nem Toda História de Amor Acaba em Morte é um convite à empatia e ao diálogo, destacando o direito de todos viverem e amarem com liberdade e dignidade.
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