Ser Diretora já estava no sangue!
Observadores marca a estreia de Ishana Shyamalan como diretora de cinema (embora já tenha dirigido a série Servant, da Apple TV). Se o sobrenome lhe soa familiar, não é por acaso! Ishana é filha de M. Night Shyamalan, cineasta renomado, que conquistou o mundo com o icônico Sexto Sentido de 1999, indicado ao Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e Golden Satellite Awards.
Com um pai tão talentoso e experiente, é natural que Ishana tenha uma base sólida de conhecimento teórico e prático em direção cinematográfica. As expectativas para Observadores estavam, portanto, altíssimas, especialmente considerando a sinopse intrigante.
Sinopse do Filme ”Observadores”
Baseado no livro homônimo de A.M. Shine, Os Observadores é um thriller dirigido por Ishana Shyamalan, que narra a tensa jornada de Mina (Dakota Fanning), uma artista de 28 anos.
Durante sua aventura pelo oeste da Irlanda, ela se perde em uma vasta e assustadora floresta. Desesperada por abrigo, Mina encontra um refúgio, mas a segurança é ilusória. Lá, junta-se a três estranhos, todos igualmente apavorados. À noite, são vigiados e perseguidos por criaturas misteriosas, invisíveis, mas que parecem conhecer tudo sobre eles.
A atmosfera é de constante tensão e paranoia, onde cada ruído na escuridão é uma ameaça potencial. Enquanto Mina e os outros lutam para sobreviver e entender a natureza dessas entidades invisíveis, o filme mergulha o espectador em um suspense psicológico profundo, explorando o medo do desconhecido e a luta pela sobrevivência. Com performances intensas e uma ambientação claustrofóbica, Os Observadores desafia a percepção da realidade e mantém o público em suspense até o último momento.
Atmosfera sombria
O Giro Por Aí conferiu o filme e sem dúvida, o ponto alto do filme é sua atmosfera sombria. Cenas escuras, com a imensidão da floresta envolvendo os personagens, prendem o espectador, gerando a sensação de que, ao piscar, algo importante será perdido. No início, a ausência da forma dos Observadores desperta uma curiosidade irresistível pelo desconhecido, recurso eficaz utilizado em outros filmes como Bird Box e Um Lugar Silencioso.
Narrativa promete, mas se perde
O filme se torna fascinante na primeira metade por conta das inúmeras perguntas que surgem, mantendo o espectador intrigado sobre se serão respondidas. Para nossa surpresa, à medida que o tempo avança, a diretora começa a responder tudo rapidamente, sem grandes cenas de ação ou momentos de tensão. Isso faz com que o público relaxe, perdendo a expectativa de grandes reviravoltas.
Fadas como você nunca viu
Ao pensar em fadas, geralmente imaginamos seres gentis e brilhantes, como Sininho da Disney ou as personagens do Clube das Winx. Observadores quebra completamente essa imagem. As fadas aqui são criaturas banidas de interagir com humanos há muito tempo. Agora, escondidas nas sombras, desempenham o papel de observadoras, estudando o comportamento humano até conseguirem imitar suas formas, fala e personalidade. Intrigante, certo? Contudo, o filme oferece poucos momentos em que realmente sentimos que essas criaturas são uma ameaça real ao grupo de protagonistas, devido à falta de cenas de ação.
Conclusão agridoce
O final deixa portas abertas para uma possível continuação, mas fica a pergunta: é necessário? Se a continuação seguir o mesmo caminho deste primeiro filme, talvez seja melhor encerrar por aqui e permitir que Ishana foque em suas produções para TV, onde até agora ela tem brilhado muito mais como diretora.