IMS lança curta com registro raro de Dalton Trevisan no centenário do autor

O Instituto Moreira Salles (IMS) lança, no dia 13 de junho (sexta-feira), um curta-metragem em homenagem ao centenário de Dalton Trevisan (1925–2024), celebrado no dia seguinte. O vídeo, com cerca de 10 minutos, será disponibilizado no canal do YouTube do IMS e traz uma raridade: imagens inéditas do escritor em sua residência, trabalhando diante do computador aos 99 anos.

Frame do curta-metragem sobre o arquivo de Dalton Trevisan / Foto: Instituto Moreira Salles.
Frame do curta-metragem sobre o arquivo de Dalton Trevisan / Foto: Instituto Moreira Salles.

A produção gira em torno do arquivo pessoal do autor, doado ao IMS em 2024. Narrado por sua agente literária e amiga, Fabiana Faversani, o curta apresenta livros, cartas, recortes, cadernos e outras peças únicas, preservadas até então no apartamento em que o autor morava, em Curitiba.

“Dalton tinha plena consciência da importância de seu acervo estar disponível para pesquisa e abrir novas discussões sobre sua obra”, comenta Faversani no filme, que marca também o início de um ciclo de resgate e reedição da obra completa do autor. A editora Todavia relançará 37 livros e publicará uma antologia inédita organizada por Caetano W. Galindo e Felipe Hirsch.

Doado em 2024, o acervo de Dalton Trevisan traz cadernetas, diários, livros, manuscritos, fotos e correspondências com nomes como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Pedro Nava. Há ainda dezenas de gravuras de Poty Lazzarotto, amigo e ilustrador frequente de suas publicações. Entre os itens curiosos, há pastas com recortes sobre crimes, política, cinema e até “Star Trek”, da qual era fã.

Todo o material passará por etapas de conservação, catalogação e digitalização para, posteriormente, ser disponibilizado ao público e pesquisadores.

Nascido em Curitiba, Dalton Trevisan foi um dos mais misteriosos e geniais nomes da literatura brasileira. Formado em Direito, teve passagens como repórter policial e crítico de cinema. Seu estilo único e o recluso modo de vida renderam-lhe o apelido “Vampiro de Curitiba”.

Recebeu quatro prêmios Jabuti, o Prêmio Camões (2012) e o Machado de Assis (2012), além de ter influenciado gerações com obras como O Vampiro de Curitiba, Cemitério de Elefantes e A guerra conjugal. Em 2024, faleceu aos 99 anos, deixando um legado literário imortal.

Assita ao custa em: youtube.com/@imoreirasalles

Ficha técnica:

Direção e montagem: Matheus Balbino
Assistente de direção: Matheus Nogueira
Operação de câmera: Matheus Balbino, Matheus Nogueira
Color grading: João Felipe Moreira
Pesquisa literária, roteiro e narração: Fabiana Faversani
Acessibilidade: AHU – Acessibilidade Humanista Ltda

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